As raízes históricas do Fundão remontam à Proto-história, período que regista a
existência de um Castro da Idade do Bronze (1º Milénio a.
C.) no Monte De S. Brás, contraforte da Serra da Gardunha sobranceiro à atual cidade.
Do período Romano sobreviveram até aos nosso dias testemunhos materiais que
atestam a farta ocupação destras paragens nessa época: casais, villae e
inscrições epigráficas latinas.
Da Idade média, mais concretamente ao tempo da fundação da nacionalidade,
perduraram templos diversos e a própria Igreja Matriz, com a invocação de S.
Martinho, que conglomerava um conjunto de dezassete casais, segundo as
Inquirições de D. Dinis, datadas de 1314.
Contudo, foi ao dealbar dos séculos XV e XVI, sobretudo neste último, que o
Fundão ganha foros de excecional desenvolvimento económico e
expansão urbana. O incremento das industrias manufatureiras é
um fator determinante
de uma expansão assinalável: os códices, abalizam a atividade de
tecelões, pisoeiros, mercadores, tratantes, borracheiros, fundidores e
imaginários.
À multiplicação de unidades industriais verificada no séc. XVII e criação da
Real Fábrica-Escola pelo
Marquês de Pombal, corresponde um estatuto socioeconómico
que vai valer ao Fundão, no século XVIII, a elevação à categoria de Vila
e criação do respetivo Concelho
(1747).
É, desse 1988, cidade e sede de Concelho.
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