"O desenvolvimento da lusofonia vai depender do esforço brasileiro, levando a reboque os países africanos (de língua oficial portuguesa)", afirmou Chrystello, na sessão de abertura do colóquio.

A edição deste ano, que decorre até domingo com a presença de 37 oradores convidados, está centrada na relação de enriquecimento biunívoco entre o português e os crioulos, tendo o escritor moçambicano João Craveirinha como convidado especial.

A tradução é outro dos temas que estará em debate neste colóquio, tendo Chrys Chrystello defendido que se trata de "uma das formas mais importantes de preservação da língua".

"A tradução é uma forma de combate à ignorância da língua portuguesa no mundo", frisou.

Na sessão de abertura dos trabalhos participou também o presidente da Câmara de Bragança, Jorge Nunes, que defendeu a importância destes colóquios no "reforço das relações culturais e linguísticas entre os povos de língua portuguesa".

"É o contributo de todos que pode fortalecer a identidade dos povos lusófonos", frisou o autarca, salientando que "a riqueza da língua portuguesa resulta da sua diversidade".

Nessa perspectiva, considerou que a língua portuguesa "não está em declínio no mundo, mas a reforçar-se".

O programa deste colóquio inclui ainda homenagens a Vitorino Nemésio e ao Padre António Vieira, além de recitais de música e poesia, exposições, mostras de livros e sessões de autógrafos.

No âmbito do encontro será também atribuído o II Prémio Literário da Lusofonia.

No final dos trabalhos, os participantes no VII Colóquio Anual da Lusofonia seguem para Santiago de Compostela, onde participam, a 6 de Outubro, no primeiro acto oficial da Academia Galega da Língua Portuguesa.