Lisboa, 27 Set (Lusa) - O acordo ortográfico e a variante
brasileira da língua portuguesa no século 21 vão ser os temas
dominantes do 6º Colóquio Internacional da Lusofonia, que,
entre 3 e 6 de outubro, reunirá na cidade portuguesa de
Bragança cerca de 60 especialistas.
São convidados de
honra do encontro o gramático brasileiro Evanildo Bechara, da
Academia Brasileira de Letras, e o lingüista português Malaca
Casteleiro, da Academia de Ciências Lisboa.
O colóquio
debaterá "o perigo de a variante brasileira se tornar uma
língua própria e as suas conseqüências", analisando a situação
da língua na CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa)
e em outros fóruns, projetos e perspectivas presentes e
futuras.
Neste ano de celebração do primeiro centenário
do nascimento de Miguel Torga parte dos trabalhos será
consagrada à obra do escritor. Um terceiro tópico do encontro
é o que tem que ver com os problemas da
tradução.
Temas
Em relação a temas
agendados, o presidente da comissão executiva, Chrys
Chrystello, salientou que a organização do colóquio, nas oito
edições que já teve, tratou "temas que outros não têm coragem
de abordar", com Timor Leste, em 2003, e Galícia (região
espanhola ao norte de Portugal, que tem idioma próximo ao
português), no ano passado.
Os participantes do
colóquio este ano são de Portugal, Brasil, Galícia, Timor,
Nigéria e Romênia.
Questionado sobre a ausência dos
Palop (países africanos de língua portuguesa: Angola, Cabo
Verde, Moçambique, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe),
Chrystello assinalou terem sido invocados por aqueles países,
quando convidados, "motivos de agenda" para se escusarem a
participar.
Durante o encontro será anunciado o
vencedor do prêmio literário da Lusofonia, este ano atribuído
pela primeira vez e aberto a todos os gêneros literários.
Segundo Chrystello, foram recebidos 150 trabalhos - "desde uma
quadra a romances de 250 páginas".
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