6º Colóquio  da Lusofonia 2006 BRAGANÇA

2-4  Outubro 2006apoio da   

Do Reino da Galiza até aos nossos dias: a língua portuguesa na Galiza 

Biodados e Sinopses

 

1.      Adelaide Chichorro Ferreira, CIEG – Centro Interuniversitário de Estudos Germanísticos - Linha de Investigação em Linguística Contrastiva e Interdisciplinar, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra    

Nascida em 1960, Maria Adelaide de Sousa Chichorro Ferreira é, desde 2003, Professora Auxiliar do Grupo de Estudos Germanísticos da Universidade de Coimbra, tendo desempenhado a sua atividade científica essencialmente no domínio da Linguística Contrastiva, com trabalho desenvolvido através de várias publicações, nacionais e internacionais, nos últimos tempos em torno das relações entre Ecologia e Linguagem. Tem lecionado na Universidade de Coimbra, e não só, em vários domínios, desde o alemão, o português e o inglês como língua estrangeira à Didática do Alemão, passando pela Linguística Alemã e mesmo pela Tradução. Mais recentemente vem-se dedicando, também nas suas aulas, à relação entre Linguagem e Ambiente. 

 

2.      Alexandre Banhos, Sociólogo                                                                                                      

 

– Licenciatura em sociologia, especialidade de Populaçom (demografia e ordenamento do território) (Complutense)

– Master em Gestom de Qualidade da Formaçom (UNED)

– Curso de especializaçom em Direito Tributário (Faculdade de Direito– Compostela)

ATIVIDADES

– Membro do Conselho Reitor da EGAP (Escola Galega de Admin. Pública).

– Membro do Comité latino-americano de Administraçom para o desenvolvimento (CLAD) (tendo participado ativamente nos congressos de Buenos Aires, Lisboa, Madrid, Panamá)

– Participei como relator nos Congressos sobre a língua galego-portuguesa na Galiza

nº III.– "A língua galega e as atividades sindicais",

IV.- "O modelo de normalizaçom da Junta da Galiza um modelo de substituiçom linguística".

V.– "A ordenaçom do território e a língua na construçom dum modelo linguístico dominante".

– Na Universidade Católica de Lisboa " Galiza fronteıra entre Portugal e Espanha"

– A Convite do movimento vizinhal do Porto: Porto eixo clave para a Galiza sermos nós em Portugal"

– Múltiplas exposições públicas na Galiza sobre as mais diversas questões, por ex. Ano 2000 ano Castelão, em várias localidades: Sobre a Vida e a Obra de Castelão

 -Publicaçom de artigos em revistas científicas, AGÁLIA e outras, sobre os seguintes temas:

– Linguísticos, sobre organizaçom do território, política, história análises jurídicas económicas, ecológicas…

– Coautor do livro editado em Portugal sobre o relacionamento da Galiza e Portugal edt. Arracada.

– Colaborador habitual semanal d’A Nosa Terra de 1982 a 1989, publicando sob os nomes de CBA, ABC, CB, BC, CAB e artigos sem assinatura

– Autor do primeiro plano de normalizaçom linguística da Administraçom

- Autor dum informe para a Comissom Europeia sobre a sutuaçom linguística na Galiza.

- Autor de parte da denúncia do estado espanhol ante o Conselho de Europa polo incumprimento da Carta Europeia das línguas.

– hai que sinalar que tenho utilizado mais de meio centenar de pseudónimos, e tenho escrito milhares de páginas, muitas delas de intervençom imediata sobre os mais diversos temas, alguns dos meus heterónimos mais conhecidos som José Chão de Lamas, e César Munhiz.

- colaborador atual de Novas da Galıza e a Peneıra

 

tema: A  SITUAÇÃO JURÍDICA DO PORTUGUÊS DA GALIZA, NA GALIZA

 

1- Antecedentes do processo de certo grau de oficialização do português da Galiza no passamento da Ditadura a democracia.

1.1.- A questão da formalização gráfica, no quadro da normativa espanhola a respeito desta matéria.

1.2.- O role dos agentes atuantes gerados polo nacionalismo e polos setores comprometidos coa língua

2- A situação na Galiza (e no estado espanhol) do português da Galiza no quadro jurídico, e na pratica diária e institucional.

3- A atuação dos agentes normalizadores e a aceitação do quadro jurídico do português da Galiza para os principais agentes (partidos políticos) galegos.

4- O Português da Galiza na mudança do quadro institucional. Um novo Estatuto para a Galiza e para a sua língua.

5- Os processos sociais produzidos ao longo destes 26 anos de institucionalização de certa português da Galiza.

6- Portugal tam perto e tam longe

7- O Português da Galiza, que fazer no momento presente para garantir certa possibilidade de sobrevivência do mesmo como língua real na Galiza no século XXI.

 

3.      ANABELA MIMOSO, CONFRARIA QUEIROSIANA                                                            

 

Licenciada em História, Mestre em Cultura Portuguesa, doutora em Cultura Portuguesa, pela FLUP

 

Livros para crianças e jovens:

História de um Rio Contada por um Castanheiro (esgotado); O Manuscrito da Grad'Ouro (coautora), (esgotado) – Porto Editora; Era um Azul tão Verde (1992); O Tesouro da Moura (1993); Dona Bruxa Gorducha -  (1995 e distinguido em 1996 pela Revista Whiteravens) – Coleção “Barquinhos de Papel” – Porto Editora (esgotados); “O Arrumador- em Contos da Cidade das Pontes; O Último Período, (2002); Um Sonho À Procura De Uma Bailarina (2002); Parabéns, Caloira! (2003); Quando nos Matam os Sonhos (2005) - ed. Âmbar; Como um Pé-de-Vento (coautora), Xunta da Galiza (2005); O Tesouro do Castelo do Rei (2006), etc..

 Outras obras:

 1972/5 traduções para a  Livraria Civilização Ed.,"Coleção Hoje"; coautora de manuais escolares para o ensino de Português do 5º,6º,7º,8º e 9º anos – Porto Editora (entre 1980 e 2000);  Colaboração na coletânea de poesia da Associação de Escritores de Gaia, Antologia (1992) e com o conto “A Casa” na coletânea de Contos da Associação de Escritores de Gaia - Contos e Ditos -(1993); Coordenação da coleção "Barquinhos de Papel" – Porto Editora;

Autora dos trabalhos de investigação: "Contos e Histórias de Gonçalo Fernandes Trancoso - um Livro Exemplar" in Revista de Línguas e Literatura da FLUP, 1998; “O Papel dos novos/velhos desafios na recuperação da memória oral”, in Pedagogias do Imaginário (coord. de Armindo Mesquita), Ed. Asa, 2002 (coautora); “O Porto na Literatura Infantojuvenil contemporânea”, Malasartes, nº 10, Dezembro de 2002; “Didáctica de uma Visita”, O Docente, Julho, 2004; “Para o Estudo da Paremiologia”, Revista de Portugal, nº 1, 2004; “São brancas e vermelhas…” – texto para o catálogo da Expocamélia 2005; “Morte Redentora” – J.L. nº 900; “O Paratexto no séc. XVII: a folha de rosto” – Revista de Portugal, nº 2, 2005, etc.

ATIVIDADE CULTURAL:

Autora e apresentadora do programa Infantil O Cantinho da Pequenada na Rádio Clube de Gaia (1987) e coordenadora da página “Ensino e Educação” do jornal Contemporâneo (1988). Faz parte dos corpos diretivos da Associação de Escritores de Gaia e da Associação Amigos do Solar dos Condes de Resende/Confraria Queirosiana; é mesária da Confraria Queirosiana; faz parte do conselho editorial da “Revista de Portugal”, e é membro associado do Gabinete de História, Arqueologia e Património, presidente do Clube Literário Queirosiano e da Comissão de Itinerários.  Tem feito comunicações em vários encontros de professores, escritores e bibliotecários, participado em Feiras do Livro e feito animação de bibliotecas públicas (em Portugal e Galiza) e escolares em encontros com os alunos em escolas portuguesas e galegas. Participou no projeto “Malas Viaxeiras” e “Estafeta do Conto” com a Junta da Galiza e a Delegação Norte do Ministério da Cultura.

 

TEMA: A EDIÇÃO BILINGUE

 

A partir do relato de uma experiência implementada em Bibliotecas do Norte de Portugal e da Galiza, pela Xunta da Galiza e pela Delegação Norte do Ministério da Cultura, no ano de 2005, chamada Estafeta do Conto, em que participaram quatro escritores galegos e quatro portugueses e de que resultaram dois livros escritos a quatro mãos, mas com ideias de mais de duzentas crianças do 2º ciclo, pretende-se mostrar que:

1º-  o contacto entre as duas variantes da língua no seu registo oral ou escrito deve ser feito precocemente através da Literatura e com o envolvimento de bibliotecas municipais ou escolares, contando com a participação de escritores das duas nações;

2º- as edições das obras resultantes dessa colaboração devem ser bilingues, de maneira a que cada criança conheça melhor a sua variante linguística e a do outro;

3º- como já demonstrámos anteriormente, entre falantes de variantes da mesma língua só as edições bilingues permitem que se proceda, simultaneamente, o conhecimento da outra variante, possibilitam o confronto entre as duas, bem como o trabalho sobre a própria língua.

 

4.      ÂNGELO CRISTÓVÃO, Associação de Amizade Galiza-Portugal                                     

 

Nasceu em Santiago de Compostela em 1965. Licenciado em Psicologia pela Universidade de Santiago (1988), especializou-se em Psicologia Social, tendo-se dedicado a estudar os métodos e técnicas de investigação nas ciências sociais. A sua atividade no mundo empresarial não o impede desenvolver um vivo interesse pela investigação em temas e língua e cultura.

Em 1987 participa no III Congresso Espanhol de Psicologia Social (Valência), com a comunicação: “Uma escala de atitudes perante o uso da língua”, publicada posteriormente na revista Agália. Desde esse mesmo ano colabora ativamente na Comissão Sociolinguística da AGAL, sendo o seu coordenador até 1990, em que publica na revista Noves de Sociolinguística (Barcelona) uma “Bibliografia de sociolinguística lusófona”, re-editada na revista Temas do Ensino de Linguística e Sociolinguística (Braga).

Em Novembro de 2004 publica a edição crítica (sob a sua responsabilidade) do primeiro livro em português do reconhecido sociólogo catalão Lluís V. Aracil: Do latim às línguas nacionais: introdução à história social das línguas europeias. (AAG-P, Braga). O livro é lançado pelo autor em 26 de Novembro de 2004, durante a realização do II Seminário de Políticas Linguísticas da Associação de Amizade Galiza-Portugal, em que exerce a função de secretário.

 

Artigos e comunicações publicadas:

(1988a): "Identidade linguística na Galiza espanhola", in Nós, núm. 16-20, pp. 139-146.

(1988b): "Uma escala de atitudes perante o uso da língua", in Agália, n.º 14 (Verão), pp. 157-177.

(1988c): "Considerações sobre as atitudes face à língua na Galiza", in Temas do Ensino de Linguística e Sociolinguística, vol. IV-V, n.º 14-20, pp. 123-127.

(1989): "Aspetos sociolinguísticos da problemática linguística e nacional na Galiza Espanhola", in Atas do II Congresso da Língua Galego-Portuguesa na Galiza, Ourense, pp. 237-254.

(1990): "Bibliografia de Sociolinguística lusófona", in Temas do Ensino de Linguística e Sociolinguística, vol. VI, n.º 21-26, pp. 71-99; in Noves de Sociolingüística, n.º 9, Barcelona, pp. 3-33.

(1992): "Language Planning: Atitudes", in Actas I Congreso de Planificación Lingüística, Santiago de Compostela,  pp. 383-400.

(1994): “Medição de variáveis: competência e uso linguístico”, in Cadernos do Instituto de Estudos Luso-Galaicos "Manuel Rodrigues Lapa - Ricardo Carvalho Calero". Associação de Amizade Galiza-Portugal, Série "Investigação". Vol. I, Comunicações suprimidas, n.º 2.

(2003): “Paradoxos da Galiza”, Semanário Transmontano, 3 de Julho. Na internet: <http://www.lusografia.org/paradoxos.htm>

(2004): “Questione della lingua: introdução e bibliografia”, comunicação apresentada ao VIII Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais. Coimbra. 16-17-18 de Setembro. Na internet: <http://www.questione.org/node/view/210>

(2004): (Org.) Lluís V. Aracil: Do latim às línguas nacionais: introdução à história social das línguas europeias. Associação de Amizade Galiza-Portugal. Braga.

 

TEMA: A LUSOFONIA GALEGA: PROCESSOS E MODELOS DESDE 1980

 

No texto estudamos brevemente a situação existente na altura da chamada «transición» política espanhola, em que os estudantes e utentes em geral receberam um galego castelhanizado, aprendido como matéria de segundo nível dentro do ensino oficial espanhol, ou de forma autodidata, sem mais autoridade e critério de correção que o costume dos escritores e a sua proximidade com o padrão castelhano, a língua da alfabetização. A literatura existente demonstra como este galaico castelhano, promovido oficialmente desde a aprovação da autonomia política para a Galiza, recebeu um processo de padronização coerente com o papel secundário que a constituição espanhola de 1978 estabelece para as “lenguas propias”, regionais. Demonstramos, com exemplos práticos, a coerência e mútua solidariedade entre os valores associados ao galego (a noção da língua), as atitudes (visíveis em diversos textos publicados e nas políticas linguísticas desenvolvidas) e os comportamentos (usos linguísticos, orais e escritos).

Em clara oposição aos âmbitos oficiais, a lusofonia galega, entendida como o conjunto dos utentes ativos e conscientes do português da Galiza tem vindo a crescer, qualitativa e quantitativamente desde que, nos começos da década de 80, foram criadas algumas associações culturais comummente conhecidas pelo nome de reintegracionistas, incidindo especialmente no hábito da escrita correta da língua. Estas organizações, através das suas atividades de investigação, divulgação, publicação e dinamização sociocultural, iniciaram, nos âmbitos de incidência mais imediata (o dos intelectuais e, especificamente, o universitário) um processo de mudança radical para tornar o português galego - herdado na forma de língua regional castelhanizada - na língua nacional da Galiza. Neste trabalho estudamos as mudanças das últimas décadas que afetam à noção da língua, aos modelos organizativos e às políticas a desenvolver. Ao mesmo tempo salientamos alguns dos desafios que o próprio desenvolvimento da questione della língua trará para o primeiro plano da atenção pública.

 

5.      ANTÓNIO V. BENTO, DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO, UNIVERSIDADE DA MADEIRA             

 

António V. Bento é doutorado em Ciências da Educação pela Universidade de Massachusetts – Lowell, Estados Unidos. Fez curso de pós-mestrado em Psicologia Escolar na Universidade de Massachusetts – Boston, Estados Unidos e Mestrado em Educação na mesma Universidade. Os seus interesses de Investigação são os seguintes: Administração e Gestão Escolar, Liderança organizacional, Indisciplina nas escolas, Processos e métodos de investigação e Globalização da educação. É professor auxiliar no Departamento de Ciências da Educação da Universidade da Madeira.

 

TEMA: A LÍNGUA GALEGA: PERSPETIVA HISTÓRICA E CONTRIBUTO APARA A SUA COMPREENSÃO

 

Enquanto que até meados ou fins do séc. XIV, podemos falar de um galego-português (Galaico-Português) devido a uma quase total identidade entre a língua de Portugal e a do Noroeste da Península ou seja da província da Galiza, a partir dessa altura quebra-se essa unidade e cada língua segue separadamente a sua evolução.

De facto, a falta de individualidade política da Galiza fez estagnar o Galego na sua evolução, por outro, fazendo-o sofrer uma certa influência do espanhol que todavia, não apagou o parentesco com o português.

É a partir da constituição do governo autónomo da Junta em 1981 que se estabelecem medidas para proporcionar o conhecimento e o uso do Galego. O Estatuto de Autonomia de 1981 declara o Galego língua oficial a par do castelhano, outorgando aos cidadãos o direito de conhecer e usar o galego, e estabelece as competências do governo autónomo no uso do galego na educação.

Pode-se dizer que a comunidade Galega aspira a preservar o Galego como um símbolo da sua diferença cultural, social, e histórica.

A presente comunicação pretende perspetivar a evolução histórica da língua Galega e argumentar que a preservação da língua Galega tem importantes implicações sociológicas, culturais e psicológicas para toda a comunidade Galega.

 

6.      ANTÓNIO GIL HERNÁNDEZ, AGAL, AAG-P I.E.S. SALVADOR DE MADARIAGA                                         

 

Nado em Valhadolide (Castela-Spain), licenciado em "Filosofía y Letras" pela Universidade de Compostela. Estudou a obra do escritor Miguel Delibes, também valhisoletano. Desde os anos 80 está a trabalhar sobre o que se passa na Galiza: contribuindo para a fundação da AGAL e pertence a AAG-P. Publicada a obra 'Teses reintegracionistas' no volume coletivo QUE GALEGO NA ESCOLA? nas Eds. do Castro, SILÊNCIO ERGUEITO (1996). Em (2006) a Associação de Amizade Galiza-Portugal publicou TEMAS DE LINGUÍSTICA POLÍTICA.

 

TEMA: AOS 100 ANOS DA REAL ACADEMIA GALLEGA DE LA CORUÑA Mais uma análise de discurso

 

Sobre os textos proferidos na «Sesión inaugural del 30 de Septiembre de 1906» na «Reunión Recreativa e Instructiva de Artesanos» para a «Constitución de la Academia» analiso as duas tendências discursivas dominantes:

a) A representada nas palavras de Manuel Murguia, «Señor académico Presidente» e na exposição de Manuel Lago González, que poderíamos considerar “reintegracionista”. Assim diz Murguia: «[...] no se borra tan dácilmente en los labios que la mamaron, la lengua que habló este pueblo durante más de diez siglos, que es la que hablan y entienden cerca de tres millones de gallegos, dieciocho millones de habitantes en Portugal y sus dominios, doce en el Brasil.»

b) A representada no «Mensaje que la Directiva de la Asociación Iniciadora y Protectora de la Academia Gallega dirige a tan docta Corporación con motivo de su inauguración oficial» e no «Discurso del Excelentísimo Señor Don Leandro de Saralegui y Medina». Explica la citada Directiva: «[...] la política en España, particularmente en la última década del pasado siglo, tiene el triste privilegio de representar todos los desastres que al presente afligen a la Patria, razón por la cual, [...] sería torpeza insigne llevar su maléfica influencia al único paraje a donde no deben llegar las rivalidades y ambiciones del personalismo: al umbral académico [...]

»Descartados, pues, por inofensivos, los ataques de los eternos enemigos del progreso moral y material de nuestra patria nativa, reconcentrad vuestras fuerzas y acometed de lleno la edificación del glorioso monumento confiado a vuestra sabiduría y patriotismo.»

Procuro levar adiante a análise através dos seguintes apartados ou secções:

0.- Breve história.

1.- Discurso dominante e discurso dominado.

1.1.- Processo nacional espanhol.

1.2.- Consequências para a língua da Galiza.

2.- Os discursos académicos (1906).

2.1.- Algumas amostras: Comprovação da hipótese.

2.2.- Consequências hoje perdurantes.

3.- Conclusão.

 

7.      BARBARA JURŠIČ TERSEGLAV, tradutora e intérprete do Ministério da Administração Interna, membro da Associação eslovena de tradutores literários, Ljubljana, Eslovénia                                                                                     

 

- Licenciada em língua & literatura francesa e espanhola pela Universidade de Ljubljana, Faculdade de Letras

- Diploma de estudos de língua e literatura portuguesa, Universidade de Coimbra.

Traduções literárias: do português

- José Saramago, Ensaio sobre a Cegueira (editora Cankarjeva), 1997

- Paulo Coelho, Manual do Guerreiro da Luz (editora Vale Novak), 1998

- Paulo Coelho, Verónica decide morrer (editora Vale Novak), 1999

- Fernando Pessoa, Livro do Desassossego (editora Cankarjeva), 2001

- Irmã Lúcia, Apelos da Mensagem de Fátima (editado pelo Secretariado dos Pastorinhos), 2003

- António Lobo Antunes, Exortação aos Crocodilos (editora Cankarjeva), 2003

- Mia Couto, O último voo do flamingo; (editora Študentska založba, Beletrina), 2005

- José Saramago, Evangelho segundo Jesus Cristo (editora Cankarjeva), 2005.

- Irmã Maria Celina de Jesus Crucificado, Irmã Lúcia – a memória que dela temos, 2006.

do espanhol

- Laura Esquível, Como Agua para Chocolate (editora Mladinska knjiga), 1999

- Enrique Barón, Europa en el alba del milenio (editora Vale Novak), 2002

- Carlos Fuentes, Aura (editora Celjska Mohorjeva), 2006.

 

Atualmente trabalha no Ministério da Administração Interna; tradutora e intérprete das línguas francesa, espanhola e portuguesa (desde 1996);

- muitas traduções técnicas

- muitos artigos escritos ou traduzidos (sobre autores lusófonos, eslovenos, a cultura eslovena ou portuguesa, os dois países, temas atuais...) para jornais e revistas eslovenas e portuguesas, emissões para a Rádio Nacional

- membro do Comité administrativo da Associação eslovena de Tradutores literários

- membro do júri pela atribuição dos apoios aos tradutores literários  

 

Tema: LÍNGUAS MINORITÁRIAS E A IMPORTÂNCIA DA TRADUÇÃO

 

Na primeira parte falo da tradução e a interpretação e as diferenças entre elas. Depois, abordo o tema das novas tecnologias que representam um precioso instrumento de apoio tanto à tradução como à interpretação. Escrevo sobre os cursos de tradução e de interpretação nos países da União europeia e das diferenças que há entre os dois, da prioridade que dá a Europa unida à interpretação e dos meios que se investem na interpretação, que, por outro lado, escasseiam na área da tradução de, especialmente, literatura séria e de qualidade.

Na segunda parte trato o tema da tradução como instrumento de preservação e revitalização linguística. Tomo o exemplo do esloveno, comparando-o com o galego e também o português, para mostrar como é imprescindível preservar as línguas minoritárias através da tradução, onde se refletem não só a língua mas também a cultura e os costumes das nações da língua da que se traduz e da língua-alvo. Falo da importância da formação do tradutor como vínculo entre as duas culturas, literaturas, nações. Saliento que as línguas minoritárias, que são as nossas, representam uma riqueza que é necessário preservar, e falo da multiculturalidade que existe na Europa. No mosaico dela incluem-se também as nossas duas línguas e os nossos países com as suas identidades. Sublinho que o aspeto intercultural é importante para a abertura do espírito do cidadão europeu. Dedico um ponto à apresentação da lusofonia na Eslovénia.

Concluo com a constatação de que o facto de a nossa língua materna ser uma língua minoritária tem de ser considerado como uma riqueza e que a tradução tem de ajudar a preservá-la de uma forma intensa e responsável.

 

8.      CARLOS FIGUEIRAS, Universidade de Santiago de Compostela, Conselho de Redação da Revista Agália   

                                                                                                                                                                             

 Carlos G. Figueiras (Chantada 1981), formado em Estudos Portugueses pela Universidade de Santiago de Compostela (Prémio Extraordinário do Ministério de Educación e Ciência 2005), tem participado de diferentes coletivos de ação social como a Plataforma Nunca Mais-Lisboa, surgida após o afundamento em 2002 do petroleiro Prestige frente às costas da Galiza, o Movimento Defesa da Língua (MDL), de que foi porta-voz entre 2005 e 2006, ou a Associaçom Galega da Língua (AGAL), atualmente é membro do Conselho de Redação da Revista Agália. Colaborador de meios de comunicação como o jornal Novas da Galiza ou o Portal Galego da Língua na internet e tradutor para castelhano de Wenceslau de Moraes, como poeta tem publicado em diferentes revistas (Mea Libra, Revista das Letras, Escrita Contemporânea, Agália...) e participado em recitais celebrados na Galiza e em Portugal.

A promoção da língua portuguesa no sistema educativo da Comunidade Autónoma Galega. Uma política linguística de fronteira.

 

TEMA: A PROMOÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA NO SISTEMA EDUCATIVO DA COMUNIDADE AUTÓNOMA GALEGA: UMA POLÍTICA LINGUÍSTICA DE FRONTEIRA

 

Este trabalho pretende refletir sobre a política seguida pela Junta da Galiza a respeito da língua portuguesa no sistema educativo. Analisará as potencialidades económicas e culturais que para os jovens galegos apresenta o estudo do padrão português e atenderá para as iniciativas que, em consequência, foram desenvolvidas pelo governo autonómico com os fundos destinados para a coesão económica e social da Comunidade Europeia e o fomento da Cooperação Transfronteiriça.

Para uma melhor compreensão da situação atenderemos para a política que a respeito da língua portuguesa vem desenvolvendo, durante os últimos anos, o também governo autonómico da Estremadura espanhola e estabeleceremos uma comparação entre o grau de presença da língua portuguesa em ambos sistemas educativos.

Apresentaremos depois algumas iniciativas e propostas desenvolvidas por diferentes organizações e partidos políticos, nos últimos anos, para a promoção da língua portuguesa no sistema educativo galego, e o posicionamento da administração perante as mesmas.

Finalmente, refletiremos sobre as ideias que a respeito da língua e da Galiza se veiculam nas atuações dos diferentes agentes sociais implicados neste processo de promoção da língua portuguesa, com a intenção de ajudarmos para o desenho de um programa de promoção da mesma que realmente venha a contribuir para coesão social interfronteiriça, e o apagamento das fronteiras culturais na euro-região Galiza - Norte de Portugal.

 

9.      GERARDO UZ, MINHO MEDIA periódico 'Novas da Galiza'                                                                               

 

GERARDO UZ RODRIGUES, Castro do Rei (Terra Chã - GALIZA, 1983)  é licenciado em Jornalismo pola Universidade de Santiago de Compostela, com as especializações em Jornalismo Multimédia e Jornalismo Audiovisual.
Desde 2005 forma parte dos conselhos de redação do periódico mensal NOVAS DA GALIZA (www.novasgz.com) mais do PORTAL GALEGO DA LÍNGUA (www.agal-gz.org).
Devido aos seus estudos, entre 2005 e 2006 estagiou na Agência Galega de Notícias (AGN) e na Rádio Galega; e também participou noutros projetos impressos ou eletrónicos, mas não só.
Destarte, formou parte da equipa que constituiu em março de 2005 o INSTITUTO GALEGO DE ESTUDOS DE SEGURANÇA INTERNACIONAL E DA PAZ (IGESIP), de cujo Núcleo de Estudos Mediáticos é secretário desde Março de 2006, sendo um dos responsáveis pela linha de investigação sobre a aplicação das novas tecnologias a projetos de cooperação para o desenvolvimento.

 

TEMA: FAZER JORNALISMO EM PORTUGUÊS NA GALIZA

 

Hoje em dia, a maioria dos meios de comunicação na Galiza são elaborados em castelhano. Os jornalistas galego-falantes não podem realizar o seu trabalho na sua língua habitual, e as instituições públicas subvencionam os média em espanhol se cobrirem uma quota de uso do galego -ou português da Galiza -, pelo que este idioma fica relegado a determinadas secções ou conteúdos -cultura, formações sindicais ou entidades vinculadas com o nacionalismo.

Ambas as duas dinâmicas fazem com que o uso do galego na maioria dos meios fique politizado, ritualizado e marginalizado, banindo-se a sua presença de secções 'sérias', como a informação económica; 'importantes', como a política; ou 'populares', como os desportos.

No meio deste contexto hostil criou-se em 2002 o periódico 'Novas da Galiza', que no seus princípios fundacionais se define "ao serviço da liberdade de expressão, para defender o direito da cidadania à informação plural e honesta", ao serviço da cultura e das manifestações artísticas, independente, comprometido com os movimentos sociais e soberanista, quer dizer, entendendo que a soberania nacional reside no povo galego, pelo qual "alentará o debate social que conduza para a conformação do nosso país como uma nação de pleno direito na Europa".

Embora a sua equipa inicial estava formada sobretudo por não profissionais, paulatinamente foi-se dando um processo de substituição das pessoas com militância política por jornalistas, e atualmente a maioria dos integrantes do projeto estão licenciados em jornalismo.

Nesta altura, o principal repto do periódico é assentar a sua presença nas zonas da Galiza onde atualmente se distribui e facilitar a sua receção por parte do público português -o 'Novas' pode ser mercado nas principais cidades do país, e uma modesta cifra de subscritores procedem de Portugal - para continuar sendo um meio autogerido e autenticamente livre, para lá de continuar no caminho da profissionalização.

 

10. HÉCTOR CANTO, Plataforma para a emissom das rádios e televisons portuguesas na Galiza, Estudante de Engenharia de Telecomunicaçons na Universidade de Vigo                                                                               

 

Héctor Daniel Canto Veiga é galego e tem 21 anos. Atualmente mora em Vigo já que está a estudar Telecomunicaçons na Universidade da cidade mas criou-se na beira do Mar Cantábrico em Burela. Provem de família labrega mas seus pais estiverom ativos no movimento social dos anos setentas na Terra Chá e em Lugo. Desde a adolescência (15 anos) participa em diversas associaçons no eido da defesa e recuperaçom da cultura e da língua galega . Na sua faceta mais lúdica é gaiteiro aficionado em vários grupos. É membro ativo da "Plataforma para a emissom das rádios e televisons portuguesas na Galiza" desde 2005.

 

 TEMA: Caminhos para a reintegraçom: os média portugueses na Galiza."

A situaçom linguística do galego nos média é grave. Apenas os médios públicos se expressam na língua do país. Mas existe a possibilidade real de as rádios e tv's públicas portuguesas serem emitidas na Galiza. Quais som as dificuldades?

Esquema:

1.             Presentaçom da plataforma

2.             A situaçom linguística nos média da Galiza

3.             Objetivos primários

3.             Legalidade europeia

4.             Exemplos semelhantes: A Bélgica e a Suíça

5.             Problemas técnicos

6.             Finalazaçom e questons

 

11. ISAAC ALONSO ESTRAVIZ, Professor Titular de Didática da Língua e Literatura Galegas na Universidade de Vigo

                                                                                                                                                                                                                 

 Licenciado em Filosofia polas Universidades de Comilhas (1973) e Complutense de Madrid (1974) e em Filologia Românica na mesma(1977). Doutor em Filologia Galega pola Universidade de Santiago de Compostela (1999) com a tese O Falar dos Concelhos de Trasmiras e Qualedro. Em 1986, assistiu como observador ao Encontro sobre Unificação Ortográfica da Língua Portuguesa, 6-12 Maio de 1986 no Rio de Janeiro. Professor Titular de Didática da Língua e Literatura Galegas na Universidade de Vigo. É membro da Comissom Linguística da AGL e do Conselho de Redacçom da Revista Agália

 

LIVROS PUBLICADOS

·                     Contos con reviravolta: arando no mencer, Castrelos, 1973

·                     Dicionário galego ilustrado "Nos", Nos, 1983

·                     Dicionário da língua galega, Alhena, 1986

·                     Estudos filológicos galego-portugueses, Alhena, 1987

·                     Dicionário da língua galega, Sotelo Blanco, 1995

·                     Os intelectuais galegos e Teixeira de Pascoais: epistolário, junto com Eloísa Álvarez, Ed. do Castro, 2000

·                     Seis Projetos de Expressom Artística Globalizada, para crianças de 6-8 anos (em equipa), Vigo 2002

ALGUNS ARTIGOS PUBLICADOS

·                     «Variantes dialetais portuguesas normativizadas no galego do ILG(RAG)», in Atas III Congresso Internacional da Língua Galego-Portuguesa na Galiza, 1992, pp. 49-61.

·                     «Interferências linguísticas em textos castelhanos dos séculos XVI a XIX no Concelho de Cea», in O uso das línguas minoritárias na perspetiva da Europa Comunitária, AGAL, 1993, pp. 21-47.

·                     «Modalidades do Galego nos Concelhos de Trasmiras e Qualedro», in Atas IV Congresso Internacional da Língua Galego-Portuguesa na Galiza, Agal, 1996, pp. 11-20.

·                     «Identidade Cultural Luso-Galaica», in Atas Congresso Internacional Identidade Cultural e Cooperaçom Transfronteiriça, 1995.

·                     «A Literatura Popular Cantada nas Aulas de Didática da Língua e Literatura», in Língua, Literatura e Arte. Aspetos Didáticos, 1996.

·                     «A Lengalenga Popular Galega como Meio de Ensino». in Atas del VII Congreso Internacional de la Sociedad Española de Didáctica de la Lengua y la Literatura, Corunha, 2004, pp. 291-302. 

 

Tema: o dicionário eletrónico estraviz

 

O e-Estraviz é um dicionário da língua galego-portuguesa onde se recolhe uma grande multidão de léxico familiar e rural próprio da Galiza mas que existe também no território português, vocábulos expulsos dos dicionários portugueses por os considerar regionalismos ou provincianismos. É este um dos mais completos manuais das línguas românicas publicados em internet e o mais completo dos dicionários publicados da variante falada na Galiza com 91.029 verbetes, que em breve atingirá 115.000. Mas além do léxico patrimonial conta também com abundante léxico quer dos ramos científico técnicos quer das expressões mais populares.

O Dicionário e-Estraviz é muito útil, pois tem uma série de jogos de jeito que brincar com o e-Estraviz através do trivial, falsos amigos e analogias, faz que a consulta resulte sempre atrativa. Este tipo de atividades faz a consulta atrativa e didática, não cansativa e aborrecida como é normalmente um dicionário.

O trabalho expositório vai consistir em aclarar tudo o que for preciso para saber tirar-lhe as maiores vantagens. Explicar-se há todas as maneiras de procurar qualquer vocábulo e em qualquer das ortografias. Brincaremos com o léxico valendo-nos do trivial e aperfeiçoaremos os nossos conhecimentos através das analogias e dos falsos amigos.

 

12. ISABELLE OLIVEIRA, Université Lumière Lyon2, França                                                                              

 

Licenciada em “Langues, Littératures & Civilisations Etrangères” e doutorada em Linguística – Terminologia pela Université Lumière Lyon2, é docente do Deptº de Línguas Românicas desta faculdade desde 2005. É também investigadora científica no CNRS, desde 2006, tem-se dedicado, em particular, ao estudo da metáfora em ciência como processo linguístico e cognitivo, em modelização e no tratamento automático das línguas. Publicou, entre outros, La Métaphore terminologique en cardiologie, Lyon, Presses Universitaires de Lyon, p.250 (sous presse); «La Métaphore terminologique sous un angle cognitive», Meta, Journal des traducteurs, Montréal, Presses de l’Université de Montréal, 2006; «Pour une approche de la métaphore terminologique», La Banque des mots, Revue de terminologie française, Paris, 2006, pp.59-80; «La Metáfora: estrategia de aprendizaje e sistema de conocimiento», in Actes de AETER «Comunicar y enseñar a comunicar el conocimiento especializado», Centro Virtual Cervantes, Universidad de Alcalá, Madrid, 2006; « Le Rôle de la métaphore dans les interactions entre médecin et patient », Terminologias, Revue de l’Association de Terminologie Portugaise, Lisbonne, Université Nouvelle de Lisbonne, 2000, pp.11-23; «O Caso da metáfora : um indicador de diversidade cultural», in Actes de «IX Simposi Iberoamericà de Terminologia. La Terminologia al segle XXI: contribució a la cultura de la pau, la diversitat i la sostenibilitat», Universitat Pompeu Fabra, Barcelona, (sous presse).

 

Tema: O LUGAR DO TRADUTOR NO MUNDO HODIERNO

 

As práticas e as teorias da tradução fundamentam-se numa abordagem de linguagem múltipla, definida a partir da conceptualização e perceção que o homem tem de si próprio e do mundo que o rodeia. A linguagem utilizada pelo tradutor assenta portanto numa filosofia da linguagem que se diversificou ao longo dos séculos: objeto de debate que parte da dialética na Idade Média, das discussões do nominalismo, da teoria dos signos no século XVIII, da origem das línguas no idealismo alemão. Na época contemporânea, para certos linguistas, a linguagem torna-se frequentemente um sistema autónomo de dependências internas.

Defende-se uma simbiose entre terminologia e tradução que proporciona uma formação interdisciplinar nas áreas da teoria da tradução, das indústrias da língua, da terminologia e engenharia do conhecimento, da lexicologia e da linguística de corpora, com particular incidência nos domínios científico e técnico. Este ambiente de investigação completo cria condições necessárias para que os tradutores abordem os últimos desenvolvimentos nas áreas das novas tecnologias da linguagem humana. Os tradutores profissionais têm de saber situarem-se num contexto de modernidade para melhorarem as suas capacidades e para aprofundarem os seus conhecimentos em relação aos últimos desenvolvimentos na sua área de especialidade.

Para finalizar, a garantia das saídas profissionais no campo da tradução passa necessariamente pela afirmação, uso e consolidação da língua portuguesa no mundo das ciências e das técnicas.

 

13. JOSÉ LUÍS DO PICO ORJAIS, Docente no CEP Brea Segade de Taragonha (Rianjo)                       

 

José Luís do Pico Orjais nasceu em Ogrobe (1969) embora se considere natural da Ilha de Arouça. Atualmente combina a sua atividade profissional como docente no CEP Brea Segade de Taragonha (Rianjo) com os estudos universitários de Antropologia. É também professor de Teoria e Método do Folclore no Conservatório de Música Tradicional e Folque de Lalim e de Historiografia da Música Tradicional Galega no curso de pós-graduação «Especialização em Música Tradicional» organizado pela Universidade de Santiago de Compostela.

Foi membro fundador do grupo folque Leixaprén, agrupação com a que gravou os discos Na festa do boi e Gáitropos e recebeu o primeiro prémio na Muestra Nacional de Folk para Jóvenes Intérpretes organizado pelo Instituto de la Juventud (Ministerio de Cultura de Espanha).

Faz parte do Coletivo Arma-danças e da Sociedad Ibérica de Etnomusicología. Tem dado palestras sobre o folclore galego-português por toda a Galiza, para além de os seus artigos serem publicados em imprensa e revistas especializadas como Raigame, Enclave, Murguía, sendo o seu último artigo «Metodologia e análise da música patrimonial» publicado no volume número 4 da revista Etnofolk, exemplar que ele mesmo coordenou junto com Ramom Pinheiro Almuinha. Também foi coordenador do monográfico sobre música popular e tradicional da revista  Murguía, Revista Galega de Historia e dirigiu a investigação que deu no disco Os Dezas de Moneixas. As cartas sonoras, publicado pela editora galega Ouvirmos.

Em 2005, a editorial Difusora de Letras publicou a sua edição crítica do cancioneiro «Cantos e bailes da Galiza» de José Inzenga.

 

TEMA: «Introdução à Historiografia do Folclore Galego-Português»

 

Do ponto de vista antropológico, o folclore galego-português é um subconjunto do sistema cultural peninsular, que por sua vez é um subconjunto do sistema cultural europeu. O autor quer mostrar, através de um percurso pelos textos de autores como Augusto Pires de Lima, Santos Júnior, Michaëlis de Vasconcellos, Bouça Brei, Vicente Risco ou Rocha Peixoto, como as semelhanças entre o folclore galego e português não evidenciam a unidade cultural e musical entre galegos e portugueses, senão que essa unidade é atualmente verificada e ratificada na prática musical dos conjuntos de folque galegos, nos que, de regra, o uso do folclore português é um facto estendido e, poder-se-ia dizer, normalizado.

 

14. KELSON DOS SANTOS ARAÚJO E

15. JACQUELINE HEGGEDORN ARAÚJO Technical Translations, Rio de Janeiro, Brasil                                                                                       

 Kelson dos Santos Araújo, 41 anos, brasileiro, Professor formado em Letras, habilitação português/inglês pelo Centro Universitário da Cidade, Sociedade Educacional São Paulo Apóstolo, Rio de Janeiro, é Consultor de Empresas e Tradutor Técnico para clientes no Brasil, EUA, Inglaterra e Espanha desde 1988. Atuou como contrapartida brasileira em dois projetos da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (ONUDI) no Brasil com vistas a transferência de tecnologia nas áreas técnica e educacional. Participa regularmente de Feiras, Seminários e Congressos Técnicos e Acadêmicos em suas áreas de especialização com trabalhos já publicados nas revistas Química Têxtil e Cerâmica Industrial. É também Formador de Instrutores pela Metodologia CEFE - Competência Econômica via Formação de Empresários, Centro CAPE - Centro de Capacitação e Apoio ao Pequeno Empreendedor, Luso Consult Ltda., Cooperação República Federativa do Brasil e República Federal da Alemanha. Membro atuante da ABQCT (Associação Brasileira de Químicos e Coloristas Têxteis, São Paulo - Brasil) e membro patrocinador da AATCC (American Association of the Textile Chemists and Colorists, EUA) e membro da SDC (The Society of Dyers and Colorists, Reino Unido).

Jacqueline Heggdorne Araújo, 35 anos, brasileira, Professora formada em Letras, habilitação português/inglês pelo Centro Universitário da Cidade, Sociedade Educacional São Paulo Apóstolo, Rio de Janeiro, possui ainda a habilitação de Formação de Professores de primeira à quarta Séries do primeiro Grau (Brasil) pelo Instituto de Educação de Nova Friburgo, Rio de Janeiro. Produziu e apresentou em âmbito acadêmico várias palestras/aulas de 50 minutos de duração sob temas de Educação e Ensino de Línguas e Literatura. Tradutora dos pares francês/espanhol/português sendo usuária de ferramentas de tradução buscando constante aprimoramento das técnicas de apoio computadorizado. Iniciará seu Curso de Mestrado em Sociologia da Educação e Políticas Educativas na Universidade do Minho a partir de outubro de 2006.

 

TEMA: Os Cursos Superiores de Tradução no Brasil e uma Proposta para Introdução do Ensino dos Aplicativos Computadorizados de Auxílio à Tradução"

 

"O presente trabalho pretende apresentar de forma breve alguns exemplos de grades curriculares extraídas de Cursos Superiores de Tradução oferecidos por instituições de ensino prestigiadas no Brasil. Os conteúdos de tais grades curriculares são analisados à luz do contexto acadêmico em que se inserem
atualmente, tanto em termos das expectativas do corpo discente, como em termos das habilitações do corpo docente para levar a cabo sua missão de transmissão de conhecimentos no setor de Tradução. O trabalho prossegue apresentando uma lista dos mais novos recursos computadorizados de apoio ao Tradutor, muitos deles gratuitos e acessíveis à maior parte dos alunos para trabalhos práticos. O uso de tais aplicativos computadorizados vêm sendo ensinado regularmente mediante diversos cursos particulares de curto prazo oferecidos nos grandes centros brasileiros, especialmente no eixo Rio - São Paulo. Sendo assim, como conclusão, considerando que existe de fato demanda da parte dos profissionais que querem ingressar no mercado de tradução, o presente trabalho inclui também uma proposta de adaptação dos conteúdos dos Cursos Superiores com o conteúdo de tais cursos práticos, pelo menos em termos parciais inicialmente (conforme os recursos técnicos e humanos disponíveis), com vistas a se alcançar uma melhor adequação à realidade do mercado internacional que exige obrigatoriamente um bom domínio de diversas ferramentas de auxílio à tradução."

 

16. LINO MOREIRA DA SILVA, Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho                    

Lino Moreira da Silva é professor no Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho e presença habitual nos Colóquios da Lusofonia  

TEMA 1.3  - INTEGRAÇÃO LINGUÍSTICA E DESENVOLVIMENTO DOS POVOS: O CASO DAS INTERAÇÕES DO GALEGO COM O PORTUGUÊS

 

No mundo globalizado em que vivemos, a importância das línguas prende-se, mais que nunca, não só com a dimensão e a relevância política, cultural, socioeconómica, geoestratégica… dos espaços onde são faladas, mas também, e em muitos casos sobretudo, com a utilidade que as mesmas línguas têm, nos mais diversos domínios, para quantos se servem delas para comunicar.

Isto, se liga diretamente com a preservação das línguas e a formação de núcleos coesos nos espaços onde as línguas se falam, liga, igualmente, em todos os domínios, com o desenvolvimento dos povos (a integração linguística como fator de desenvolvimento).

Aplicados estes aspetos às interações do Galego com o Português, é importante reconhecer algumas evidências, tais como: a origem comum das "duas" línguas, as ligações que, historicamente, elas mantêm entre si, a proximidade geográfica e étnico cultural dos povos que as falam… relacionando-as com as outras interações que, através da Língua Portuguesa, é possível estabelecer com povos dos cinco continentes, com as oportunidades de desenvolvimento que, entre si e com todos eles, podem ser instituídas e alimentadas.

O Autor da presente comunicação propõe-se refletir (e propor reflexão) acerca destas realidades, propondo-se focalizar, em especial, alguns tópicos que considera essenciais, tais como: A importância das línguas no mundo de hoje. O conceito de comunidade sociolinguística e cultural, aplicado à Língua Portuguesa e aos povos que a falam. Afinidades do Galego com o Português e da Galiza com Portugal, e consequências a tirar disso. As interações do Galego com o Português, como oportunidade mútua para o desenvolvimento.

 

17. LUÍS FONTENLA FIGUEROA, TRADUTOR                                                                                

 

Luís Fontenla Figueiroa, Licenciado em Filologia Portuguesa/Estudos Portugueses

 

Ativista linguístico, tem participado em diferentes movimentos e projetos sociais e culturais, sendo membro do MDL desde 1998. Atualmente trabalha no âmbito da tradução para empresas e particulares.

 

 

Tema: 1.2.2.: Vantagens e desvantagens  de cada norma ortográfica em uso na Galiza

 

Esta comunicação pretende debruçar-se sobre a utilidade ou inutilidade social relativa de cada uma das normas em uso na Galiza. Não procura ser um trabalho exaustivo, sendo uma primeira aproximação a quais as principais vantagens e desvantagens, isto é, a possível utilidade ou inutilidade social relativa de cada uma das normas em uso (normas da RAG, AGAL, Padrão Português, Acordo de 1990) no desenvolvimento de um trabalho de construção do português galego como Língua Nacional (quer dizer, língua geral de comunicação social) da Galiza.

Não é intenção deste trabalho negar as consequências sociais nem linguísticas que a conhecida como “guerra de normas” tem provocado na Galiza desde 1982. Também não pode ignorar que sob esse nome se agacha uma imposição por lei da ortografia castelhana no galego administrativo assim como uma situação de silenciamento e negação das diferentes opiniões e propostas a respeito da língua.

Porém, considerei para o presente texto esse debate como suficientemente esclarecido pelos diferentes agentes sociais que promovem uma ou outra das normas, tentando dirigir a reflexão arredor das normas numa outra direção para além da legitimidade ou cientificidade de determinada norma.

Segundo a minha opinião a afinidade ideológica a uma norma determinada ou a convicção científica contribui a uma visão individual em excesso negativa das normas em uso divergentes do padrão escolhido por cada pessoa posicionada neste tema.

Assim, as referências a uma outra norma diferente da escolhida pelo utente individual ou coletivo têm sido e continuam a ser realizadas as mais das vezes com intenção de contestar os argumentos e escolhas normativas doutros utentes e coletivos sociais.

Tendo em consideração a dificuldade em desenvolver uma imparcialidade objetiva na escolha ou consideração de cada norma em uso pretende-se apesar disso refletir acerca das diferentes utilidades das normas em uso na Galiza.

Não pretende ser um trabalho exaustivo, sendo uma primeira aproximação a quais as diferentes vantagens e inconvenientes, isto é, a possível utilidade ou inutilidade social relativa de cada uma das normas em uso (normas da RAG, AGAL, Padrão Português, Acordo de 1990) no desenvolvimento de um trabalho de construção do português galego como Língua Nacional (quer dizer, língua geral de comunicação social) da Galiza.

 

18. MARIA VILARINHO, UNIVERSIDADE DA CORUNHA, DOUTORANDA, INVESTIGADORA CENTRO RAMÓN PIÑEIRO   

                                                                                                                                                                     

 Nací o 15 de marzo de 1980 n’A Coruña. Licencieime en Filoloxía Hispánica no 2002 e en Filoloxía Galega no 2004 na Universidade da Coruña (UdC). Atualmente estou a cursar o segundo ano dos meus estudos de doutoramento no programa “Estudos lingüístico-literarios do galego e do portugués” nesta mesma institución, centrando o meu traballo na investigación literaria, en espacial na configuración do campo literario galego.

No 2005 obtiven unha bolsa de investigación no Centro Ramón Piñeiro para a Investigación en Humanidades (CIRP) onde participo no proxecto denominado: “Recuperación de textos xornalísticos e poéticos”. Adscritas a este proxecto de investigación teño publicado como editora diferentes revistas da emigración galega en América do Sur: “Notas lingüísticas” en A Gaita Gallega, A Habana (1885-1889), Galicia Nueva (Montevideo, 1918-1919), Arazua (Montevideo, 1929-1930) / Raza Celta (Montevideo, 1934-1935), Alma Gallega, órgano oficial de Casa de Galicia (Montevideo, 1919-1967) e Galicia (Caracas, 1952-1954), no prelo. Teño publicado ademais os artigos “Lorenzo Varela: a paixón amorosa e a paixón recreadora” en El Ideal Gallego e “Manuel Lugrís e a Real Academia Galega: a renovación frustrada” en El Ideal Gallego con obxecto do Día das Letras Galegas de 2005 e 2006 e o libro Escolma do Día das Letras Galegas. De Rosalía a Manuel Lugrís Freire (1963-2006) xunto coas investigadoras María Xosé García Merino e Marta González Miranda publicado pola Xunta de Galicia. Recentemente teño presentado a comunicación “Alma Gallega, órgano oficial de Casa de Galicia (1919-1967)” no Congreso Internacional Galicia: éxodos e retornos organizado polo Consello da Cultura Galega. Colaborei tamén na tradución do español ao galego da enciclopedia escolar A aula na casa.  

 

TEMA: Visão e revisão de Rosalía de Castro na historiografia literária

O objeto de nosso trabalho é contribuir dados significativos sobre o processo de espanholização sofrido pelo sistema literário galego através de uma figura emblemática: Rosalía de Castro, utilizando como recursos diferentes histórias da literatura galega e espanhola de diversas épocas e livros de texto. A importância destes materiais de trabalho é enormemente significativa já que graças a eles se configura uma ideia determinada na maior parte da povoação de um modelo de canon literário que mantém uma estreita relação com as ideias linguísticas que se pretendem transmitir. O processo assimilador da cultura espanhola e de seu discurso característico não se detém na figura de Rosalía em concreto nem no campo literário como marco geral senão que pretende um objetivo bem mais amplo como o é o de finalizar o processo colonizador iniciado desde o século XV sobre a língua galega chegando ao desaparecimento de seu uso ou a sua manutenção puramente ritual. Daí a versão parcial da figura de Rosalía que nos transmitiram –e seguem transmitindo– muitas das histórias da literatura espanhola e, surpreendentemente, também muitos dos textos de referência de uso comum no caso da literatura galega. Pretendemos, pois, reconhecer um conjunto de linhas básicas sobre as que boa parte da historiografia literária “oficial” tenta sustentar a figura de Rosalía de Castro prestando especial atenção às reflexões que se fazem sobre sua obra partindo do ponto de vista linguístico, biográfico e de análise de obras concretas.

 

19. MARISA MOREDA LEIRADO, DOUTORANDA,  UNIVERSIDADE CORUÑA                               

 

Nací en Foz (Lugo) un 2 de outubro de 1981. Estou a cursar o segundo ano dos meus estudos de doutoramento no programa “Estudos linguístico-literarios do galego e do português” na mesma universidade na que licenciei en Filoloxía Galega (2004), a Universidade da Coruña. A partir de entón a miña actividade investigadora desenvólvese fundamentalmente no ámbito da linguística galega con traballos sobre “Recuperación da información en bibliotecas dixitais” e “algoritmos de stemming para o galego”, publicados en revistas especializadas. Alén disto, teño publicado algún artigo en El Ideal Gallego e realizado o volume de lingua e literatura galega da enciclopedia escolar A Aula na Casa.

En marzo deste mesmo ano comecei a traballar como bolseira no Centro Ramón Piñeiro para a Investigación en Humanidades no proxecto “Recuperación de textos xornalísticos e poéticos”. En relación con este colaboro como editora na revista venezolana Galicia (Caracas, 1952-1954), no prelo.

O meu interese pola pragmática aparece tras a miña experiencia como profesora de galego para estranxeiros na Universidade da Coruña (2006), e na atualidade estou a traballar no estudo dos marcadores discursivos, co obxectivo de comezar en breve a miña tese sobre os mecanismos de cortesia do galego atual.

 

TEMA: OS MARCADORES CONVERSACIONAIS COMO MARCA DE CORTESIA NO GALEGO ACTUAL.

A conversa é uma forma de comunicação entre pessoas estreitamente ligadas ao contexto social e cultural em que se produz. Como forma de interação, os participantes da conversa desejam, no geral, que esta se realize de forma agradável tanto para eles mesmos como para os demais, e é por isso que recorrem a códigos de conduta considerados socialmente válidos pelo grupo sociocultural de que fazem parte, facilitando assim o intercambio comunicativo e o favorecimento das relações sociais. Isto é realizado através de meios linguísticos e não linguísticos e constituem o que neste trabalho vamos denominar cortesia.

Na linguística galega existe un grande vazio neste campo e são escassos os estudos que tratam a língua fora do contexto puramente gramatical ou semântico Porém, por se tratar a língua de um ato comunicativo, estes enfoques são insuficientes e precisa-se acudir a explicações pragmáticas para a sua completa caracterização, contribuindo assim à normalização da língua em todos os âmbitos da sociedade galega. Devemos ter em conta também a importância que tem o estudo da cortesia no galego, se pensarmos no ensino da nossa língua tanto para estudantes nativos como não nativos, especialmente no que se refere às competências sociolinguísticas e pragmáticas.

Por ser este um tema demasiado extenso para se tratar aqui, focalizaremos a nossa atenção em um dos mecanismos de cortesia do galego atual, os marcadores conversacionais, que informam indiretamente as repercussões do que se observa no âmago dos falantes, cumprindo, em ocasiões, uma função fática que se vincula à cortesia

 Começaremos fazendo uma breve revisão do marco teórico e metodológico adotado na nossa pesquisa, para em seguida nos centrarmos nos resultados tirados a partir de um corpus oral  analisado, atendo à atuação dos marcadores discursivos presentes, e prestando especial atenção às interferências linguísticas derivadas da imposição do castelhano, já que é no âmbito da língua oral onde, desgraçadamente, houve uma maior penetração.

 

20. JOSÉ-MARTINHO MONTERO SANTALHA,                                              

 

Nasceu em Cerdido (Galiza) em 1941. Frequentou o Seminário de Mondonhedo e, em Itália, realizou estudos de Teologia e Filosofia (Universidade Gregoriana de Roma). Doutorou-se em Filologia com uma tese sobre as rimas da poesia trovadoresca (em 2000, Universidade da Corunha).

Muito cedo aderiu aos movimentos a prol da reintegração linguística, convertendo-se num dos principais promotores. Durante a sua estadia em Roma (1965-1974) participou no grupo “Os Irmandinhos”, preocupados pela recuperação do galego na liturgia e na sociedade em geral. Nessa altura foi um dos assinantes do “Manifesto para a supervivência da cultura galega”, publicado na revista Seara Nova (dirigida por Rodrigues Lapa) em setembro de 1974. A começos da década de 80 participou na fundação de diversas associações culturais galegas, como as Irmandades da Fala, Associaçom Galega da Língua e Associação de Amizade Galiza-Portugal.

Tem publicado numerosos estudos em diversas revistas e congressos internacionais, sendo um dos autores mais prolíficos e respeitados da Galiza lusófona. Atualmente é catedrático de Língua e Literatura galega na Universidade de Vigo (Campus de Ponte Vedra).

 

Alguns dos seus textos mais representativos são:

·         Directrices para a reintegración lingüística galego-portuguesa. Ferrol, 1979.

·         Método Prático de Língua Galego-Portuguesa. Ourense: Galiza Editora, 1983.

·         Carvalho Calero e a sua obra. Santiago de Compostela: Edicións Laiovento, 1993.

·         «A lusofonia e a língua portuguesa da Galiza: dificuldades do presente e tarefas para o futuro». Temas de O Ensino de Linguística, Sociolinguística e Literatura, Ponte Vedra-Braga, Vol. VII-IV, nums. 27-38 (1991-1994), pp. 137-149. Na internet: http://www.lusografia.org/mmontero.htm ou http://www.questione.org/node/405

·         Oxalá voltassem tempos idos! Memórias de Filipe de Amância, pajem de Dom Merlim. Santiago de Compostela: Edicións Laiovento, 1994.

·         As rimas da poesia trovadoresca galego-portuguesa: catálogo e análise. Corunha: Universidade da Corunha, Faculdade de Filologia, 2000, 3 volumes, 1796 pp.

 

TEMA: Um novo projecto: a «Academia Galega da Língua Portuguesa»

Desde há anos vem-se comentando nos ambientes reintegracionistas da Galiza a conveniência de constituir uma «Academia Galega da Língua Portuguesa». Aqui defende-se a necessidade (e mesmo a urgência) de realizar esse projeto. A «Academia Galega da Língua Portuguesa» é necessária, entre outros motivos, para que os organismos reitores dos critérios normativos da nossa língua nos restantes países lusófonos tenham na Galiza uma instituição congénere, que ostente com pleno direito a representação da Galiza nas decisões técnicas sobre a língua comum, prescindindo  –dada a particular situação da Galiza–  de se o poder político do momento as ratifica ou não.

     Com este projeto, não se trataria de erigir uma instituição contra a atual «Academia Galega», mas de uma instituição alternativa, diferente, guiada por claros princípios de unidade lusófona e de cooperação com as correspondentes instituições dos outros países de língua portuguesa, e inspirada pelo amor à verdade e por um sincero respeito a qualquer outra opinião, em leal concorrência. Nem deveria excluir a colaboração, ocasional ou habitual, com a «Real Academia Galega», e a possível existência de membros comuns. Mas os seus estatutos, os seus princípios reitores e os seus membros deverão estar clara e expressamente posicionados a favor do caráter lusófono da Galiza, excluindo de modo explícito e firme qualquer ideia de desmembração ou isolamento do território galego a respeito do restante âmbito linguístico português.

     Evidentemente, esta instituição não interferiria de nenhum modo com os organismos de inspiração reintegracionista já existentes na Galiza, os quais devem continuar a existir com a maior vitalidade possível.

 

21. REGINA CÉLIA DE CARVALHO PEREIRA DA SILVA, Università degli Studi Suor Orsola Benincasa, Nápoles, Itália. 

                                                 

Licenciada  em História (variante de Arqueologia), da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Especialização no curso “Qualificação em Ciências da Educação” realizado na Universidade Aberta do Ministério da Educação.

Vence o concurso do Prémio Jornalístico Internacional “Theodor Mommsen 2001” – Sezione Coppa di Nestore - Campi Flegrei (NA), com o artigo:“Il vino Porto”-  “O vinho do Porto”, in Notiziario Flegreo Pozzuoli 07/08 – nov. 2001 (NA).

Desde 1977,  realiza traduções da língua portuguesa para a língua italiana e vice-versa. Práctica de traduções e de simultâneas: Italiano - Português, Inglês - Italiano, Francês - Italiano, Espanhol - Italiano. Prática de intérprete de Italiano - Português .

Intérprete oficial de língua portuguesa, do Tribunal Penal de Nápoles, Itália.

Durante 4 anos desenvolveu a função de Leitora de Português no Instituto Universitário Suor Orsola Benincasa – Nápoles.

Hoje é: Docente de Língua e Cultura Portuguesa no Instituto Universitário Suor Orsola Benincasa – Nápoles ao abrigo do Protocolo de Cooperação realizado com o Instituto Camões de Lisboa.

Docente de Língua e Cultura Portuguesa na Universidade dos Estudos de Palermo – Faculdade de Letras e de Filosofia, onde realizou uma Conferência sobre a influência dos Descobrimentos na música lusófona moderna.

Algumas Publicações

·         Cuma – colónia miceneia” in “Cronache di Napoli”, 05/11 – nov. 2001 (NA).

·         “O vinho do Porto” in Notiziario Flegreo Pozzuoli, 07/08 – nov. 2001 (NA).

·         “A Falangina D.O.C. – o seu porquê” in Notiziario Flegreo Pozzuoli, 09 – nov. 2002 (NA)

Tradução

·         “Benvenuti a Napoli” , Diritti degli immigrati, Edizione Laboratorio Città Nuova, Napoli (Italiano - Portoghese 2000)

·         “Eça de Queiroz - O Homem. A Obra.” In Actas do Congresso “Eça de Queiroz e a Europa”, Org. Consolato del Portogallo a Napoli, I.U.Orientale e I. S. O. Benincasa, 2000

 

TEMA: “O tradutor e o problema da multicultura”

 

Nestes últimos anos, a profissionalidade do tradutor tem vindo a sofrer grandes modificações, devido por um lado, à introdução de novas tecnologias de comunicação e de informação, por outro à virtualização da vida empresarial.

No mundo da globalização, no qual vivemos, a profissão de tradutor começa a ser definida e reconhecida oficialmente. Assim, muitas são as instituições universitárias e académicas (da Europa, mas também de outros continentes), que abrem cursos de formação para futuros tradutores.

Portanto, a ideia de que um tradutor profissional deve possuir uma preparação específica, hoje faz  parte do consenso geral.

Mas a questão é: depois de se terem dado todas as competências a nível do domínio das ferramentas eletrónicas em linha e do software de tradução assistida e automática, as competências teórico-práticas ao nível da interpretação simultânea, consecutiva e da tradução especializada, o tradutor possuí uma formação completa?

É importante sublinhar que, o tradutor possuí uma cultura, uma vivência e uma língua de origem. No entanto, como profissional deve desenvolver um trabalho correto e eficaz articulado entre o "saber" e o "saber-fazer". A sua formação deve satisfazer os requisitos necessários para profissionais da tradução, que estão inseridos num mercado de trabalho global, multilíngue e intercultural. 

Esta comunicação quer analisar o aspeto da diversidade cultural no trabalho da tradução e tem como objetivo refletir sobre a formação cultural do tradutor.  Tem como moldura o contexto social , cultural e histórico italiano. Assim, apresenta e analisa a situação atual da tradução realizada da língua portuguesa para a língua italiana, principalmente no que se refere a obras literárias de origem portuguesa ou do mundo lusófono.

 

22. RUDESINDO SOUTELO, ARTE TRIPHARIA                                

Rudesindo Soutelo (Tui - Galiza, 29-Fevereiro-1952) estudou nos Conservatórios de Vigo, Madrid e Winterthur (Suiça). Discípulo de Rodolfo Halffter e Agustín González de Acilu em composição, e de Janos Meszaros em fagote. Em 1976 com o grupo Letrinae Musica apresenta em Compostela e Vigo o movimento novo-neo-new-dadá Quadrado de Pi para sacudir a infâmia que deitara no país o excrementíssimo ditador. E em 1980 funda a editora de música Arte Tripharia (www.artetripharia.com) onde gera um amplo catálogo de partituras e na atualidade publica o Corpus Musicum Gallaeciae.

Também promoveu revistas polémicas como "La Matraca", feita por estudantes do Real Conservatório S. de Música de Madrid, e "Da Capo" (Panfleto musical independiente del país). Alguns dos títulos das suas obras como o "Oppius dei" parecem ter uma intencionalidade beligerante, mas são só uma maneira algo irreverente, divertida e sonora de se rir das capelinhas de medíocres que controlam a música. Como compositor considera-se autoexcluído das máfias e grupos de poder.

Das suas últimas obras podemos destacar: Prelúdio da Montanha Mágica, homenagem a Thomas Mann (Piano); Como a noite é longa, homenagem a Fernando Pessoa (Flauta-Oboé-Clarinete); Lábios de sabor a mar, (Coro a cappella, com versões para Quinteto de Metais, e para Voz e Piano); Quod nihil scitur, homenagem ao filósofo Francisco Sanches 'o cético' e in memoriam J. M. Álvarez Blázquez (Órgão); Tálamo e túmulo, homenagem ao polígrafo Ricardo Carvalho Calero (Orquestra de Cordas). Borobó e Manuel María, (duos de Gaitas de fole); Brêtema de Dom Quixote e André, (Piano).

Assim mesmo tem publicada uma coletânea de 93 artigos aparecidos na secção 'O Bardo na Brêtema' do hebdomadário galego A Nossa Terra.

 

TEMA: Corpus Musicum Gallaeciae

 

A cultura é o único território que pode definir a uma comunidade, um país, uma nação. Os limites desse espaço não os determina a política senão os criadores das senhas de identidade do povo, os poetas, compositores, romancistas, pintores, cineastas, escultores...

Sem cultura não existe economia, apenas negócio, troco de bens, ou mesmo corrupção, fraude e caciquismo. E sem alta cultura também não há uma alta economia.

Alta e baixa cultura não é uma definição classista porque ambas coexistem em todas as capas sociais e interagem entre si. O grau de complexidade, elaboração estética, transcendência do ser, formação ética, é o que define uma expressão cultural e caracteriza a um povo.

Ninguém duvida da saúde da música galega, sobretudo desde que a imprópria etiqueta “celta” a inseriu no negócio simplificador e consumista do ócio de encefalograma plano. Mas a alta música galega, tanto a música culta como o repertório tradicional que é alicerce e requintada essência do povo, não tem canais de difusão adequados nem proporcionais ao seu cometido cultural, e tão só existe pela vontade heroica dos compositores e estudiosos que se negam a ser mercadoria narcótica e alienante.

A criatividade dos nossos compositores precisava de sair à luz e a editora de música Arte Tripharia assumiu esse reto. O boicote das instituições não tardou em manifestar-se. A CRTVG chegou a proibir a emissão das obras editadas no Corpus Musicum Gallaeciae. As Escolas de Música e Conservatórios da Galiza não compraram nem um só exemplar. Após 10 anos de trabalho e com um cento de obras no catálogo, algo começa a mudar.

A cultura fez possível elevar a condição humana à categoria de cidadão. O ultraliberalismo rebaixou-a a mero consumidor. A falsa gratuidade promovida pela globalização nos está a transformar em simples mercadoria.  

 

23. TERESA CARRO SOBRAL, MDM (MOVIMENTO DE DEFESA DA LÍNGUA)                          

 

Teresa Carro Sobral é Licenciada em Filologia Portuguesa pela Universidade de Santiago de Compostela. Faz  parte do Movimento Defesa da Língua (MDL) praticamente desde a fundação deste, partilhando esta atividade com outras de tipo social e cultural. Atualmente trabalha na distribuição de livros em língua portuguesa, combinando isto com o seu trabalho de Tradutora e Intérprete para distintos organismos e empresas.

 

TEMA: A Atividade do Movimento Defesa da Língua e as suas propostas para a promoção da língua e cultura galego-portuguesas

 

A presente comunicação tenciona fazer uma aproximação à história do MDL através dos 10 anos desde a sua fundação. Os motivos porque se formou o coletivo e os objetivos que estas pessoas tinham em 1996, quais eram as necessidades do momento. Com estes dados dar umas breves conclusões para conhecer a trajetória do organismo e comprovar quais as derrotas e quais as vitórias. Uma vez se saiba de que tipo de associação se apresenta, tentar-se-á explicar quais são atualmente as linhas de trabalho e as propostas do MDL para um futuro próximo. Do mesmo modo far-se-á uma apresentação das campanhas consideradas estratégicas: A) A introdução generalizada do português na secundária como matéria opcional e B) a receção em sinal aberto das televisões e rádios portuguesas na Galiza.

 

24. XAVIER VILHAR TRILHO, (Professor Titular de Ciência Política da Universidade de Santiago de Compostela e Presidente da Associação de Amizade Galiza-Portugal)                                       

 

Xavier Vilhar Trilho (nascido em 1943, na vila de Cée (Galiza), embora a sua infância e adolescência transcorreu na também galega cidade da Corunha), é professor de Ciência Política na Universidade de Santiago de Compostela. Tem realizado estudos após-grau em Itália (na Faculdade de Ciências Políticas da Universidade de Roma e no Instituto Universitário Europeu de Florença). Está especializado na investigação do federalismo e das políticas linguísticas presentes na regulação legal do uso público das línguas das chamadas nacionalidades históricas do Reino da Espanha. Sobre a temática do federalismo cabe salientar a publicação da que poderíamos qualificar a sua opera magna, A remodelação “federal-confederal” do Reino da Espanha (Editorial Laiovento, Santiago de Compostela, 2001). Sobre a temática das políticas linguísticas tem publicado inúmeros artigos, alguns deles na Revista de Llengua i Dret (editada pela Escola de Administração Pública da Generalidade de Catalunha), a mais prestigiosa publicação existente no Estado espanhol no campo da análise dos direitos linguísticos e das políticas linguísticas O professor Xavier Vilhar Trilho foi membro das Irmandades da Fala de Galiza e Portugal e da Comissão para a integração ortográfica da Galiza no Acordo da Ortografia Unificada de 1990 para a Língua Portuguesa. Fez parte do Conselho de redação de Nós (Revista Internacional da Lusofonia) e faz parte do conselho científico de Agália (Revista de Ciências Sociais e Humanidades da Associação Galega da Língua) desde a sua fundação. Atualmente é presidente da Associação de Amizade Galiza-Portugal.

 

TEMA: A recíproca conveniência de a Galiza e Portugal levar a termo algum tipo de unificação política e, no mínimo, a plena unidade linguística

 

1. O interesse da Galiza em privilegiar as relações com Portugal por motivos culturais, geopolíticos e económicos

2. As relações entre a Galiza e Portugal ultrapassam o caráter daquelas que se podem dar entre Portugal e o Reino da Espanha ou entre as outras regiões fronteiriças de Portugal e a Espanha, que não têm em comum a mesma língua.

3. Em qualquer maneira, o necessário apoio recíproco entre a Galiza e Portugal em nenhum caso poderia deixar de consistir, no mínimo, numa política de defesa da unidade da língua comum.

4. A unificação linguística do galego com o português comomelhor e a maior prova da verdade das relações entre a Galiza e Portugal. -

5. As recíprocas vantagens económicas e de reforço da presença cultural da Galiza e Portugal na Europa e na Lusofonia, que se derivariam da reintegração ortográfica do galego no português.

6. Da natureza basilarmente cultural, portanto não essencialmente política, da unificação da variante linguística galega com a portuguesa padrão do Acordo Ortográfico para a Língua Portuguesa de Lisboa de 1990 e do dever cultural e científico das instituições políticas e académicas da Galiza e Portugal em promover tal unificação.

 

25. XOSÉ MANUEL SÁNCHEZ RIO, Professor Titular na Área de  Filologia Galega e Portuguesa na UDC.                   

 

Xosé Manuel Sánchez Rei (Corunha, 1973).


Publicações (livros):
-Se o vós por bem teverdes. A interpolación pronominal en galego    (1999, Laiovento).
-O fidalgo e o teatro. Três textos dramáticos de Ramón Otero Pedrayo    (1999, Biblioteca-Arquivo Teatral "Francisco Pillado Mayor").
-Os pronomes demostrativos: do latín ao galego contemporáneo (2002,    Monografía 1 da Revista Galega de Filoloxía).
-A língua literária galega no século XIX (em colaboração com Xosé    Ramón Freixeiro Mato e Goretti Sanmartín Rei) (2005, UDC).
-Curso de Linguística Xeral de Ferdinand de Saussure. Introdución,    tradución e notas de... (2005, Laiovento).
-A língua galega no cancioneiro de Pérez Ballesteros (2006, Laiovento).

 

26. XOSÉ RAMÓN FREIXEIRO, UNIVERSIDADE DA CORUNHA                     

 

 Xosé Ramón Freixeiro Mato Doutorado em Filologia Galego-Portuguesa pela Faculdade de Humanidades da

Universidade da Corunha.

4 – Prémios e títulos

1993 – Obtenção do 7º Prémio Literário “Ánxel Fole” com a obra “Da montaña o corazón (Produción literaria e lingua en Noriega Varela)”.

2006 - Obtenção do Prémio da Crítica na modalidade de investigação com a obra “Os marcadores discursivos. Conectores contraargumentativos do galego escrito”.

2006 - Obtenção do 20º Prémio Literário “Ánxel Fole” com a obra “Cucou o cuco cuqueiro (Língua e estilo na obra de Manuel María)”.

5 – Produção científica

5.1 – Produção bibliográfica

5.1.3 - Livros publicados

-          A cara oculta de Noriega Varela. Santiago de Compostela, Laiovento, 1992.

-          Da montaña o corazón. Lugo, Fundación Caixa Galicia/El Progreso, 1993.

-          Sebastián Martínez-Risco na cultura galega. Santiago de Compostela, Laiovento, 1994.

-          Rafael Dieste. Santiago de Compostela, Laiovento, 1995.

-          Os diminutivos en galego. Vigo, A Nosa Terra, 1996.

-          Língua galega: normalidade e conflito. Santiago de Compostela, Laiovento, 1997, 5ª ed. 2002.

-          Gramática da Língua Galega I. Fonética e fonoloxía. Vigo, A Nosa Terra, 1998.

-          Gramática da Língua Galega III. Semântica Vigo, A Nosa Terra, 1999.

-          Gramática da Língua Galega II. Morfossintaxe. Vigo, A Nosa Terra, 2000.

-          Manual de Gramática Galega. Vigo, A Nosa Terra, 2001.

-          Gramática da Língua Galega IV. Gramática do texto. Vigo, A Nosa Terra, 2003.

-          A língua literária galega no século XIX (con X.M. Sánchez Rei e G. Sanmartín Rei). A Coruña, Universidade da Coruña.

-          Os marcadores discursivos. Conectores contraargumentativos do galego escrito. A Coruña, Monográfico 3 da Revista Galega de Filoloxía, Universidade da Coruña.

5.1.5 – Livros organizados ou edições:

-          Antonio Noriega Varela. Estudio e edición da obra completa. Lugo. Deputación Provincial, vol I e II, 1994. Autor e editor.

-          Sebastián Martínez-Risco, ensaísta e poeta (Obra inédita e esquecida). Sada-A Coruña, Ediciós do Castro, 1996. Autor e editor.

-          Antoloxía da prosa literaria medieval. Vigo, AS-PG/A Nosa Terra, 1996. Autor e editor.

-          Os séculos escuros e a Ilustración galega. Antoloxía. Vigo, AS-PG/A Nosa Terra, 1996. Autor e editor.

-          Poesía e teatro interseculares. Poesía. Antoloxía. A ponte. Vigo, AS-PG/A Nosa Terra. Co-autor e co-editor.

-          Cos pés na Terra. Personalidade e obra inédita ou esquecida de Manuel García Barros. A Estrada, A Fouce, 1999. Autor e editor.

-          Castelao na Galiza do século XX. Asociación Socio-Pedagóxica Galega / Departamento de Filoloxías Francesa e Galego-Portuguesa, A Coruña, 1999. Coordenador e coeditor das atas do Simpósio

-          Historia da literatura galega. Vigo, AS-PG/A Nosa Terra, 1996-1997. 5 volumes e 50 antologias. Membro da Comisión Científica.

 

Tema: Algumas considerações a propósito do português na Galiza.

A presente comunicação partirá da formação do galego-português na época medieval como o romance da Gallaecia, com referência às primeiras denominações que recebe nos textos escritos. A seguir, realizar-se-á uma síntese das alusões ao galego em alguns estudos dialetológicos portugueses. Estudar-se-á também resumidamente o posicionamento de alguns vultos do pensamento galeguista dos séculos XIX e XX, nomeadamente Manuel Murguia, Castelao e Carvalho Calero, com relação ao grau de identificação ou proximidade entre galego e português.

                Numa segunda parte do relatório tratar-se-á dos posicionamentos institucionais existentes na Galiza com relação ao vínculo galego-português, assim como das associações de defesa da língua galega e dos partidos políticos operantes na Galiza. Também se fará menção ao papel do português na última reforma normativa do galego, de 2003. Finalmente, e com base no anteriormente exposto, realiza-se uma proposta de futuro na procura de garantirmos a presença do galego (-português) na Galiza do porvir, sempre a partir da revalorização da galeguidade no âmbito da lusofonia.

 

27. ZENÓBIA COLLARES MOREIRA CUNHA, UNIVERSIDADE FEDERAL RIO GRANDE DO NORTE                 

 

ZENÓBIA COLLARES MOREIRA, nascida em Natal, Rio Grande do Norte, Brasil, é Licenciada em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte; Mestre em Teoria da Literatura pela Universidade Federal de Pernambuco e Doutora em Letras (Literatura Portuguesa) pela Universidade Nova de Lisboa. Realizou Pós-Doutorado na Universidade Federal de Pernambuco. Em 1975, com o apoio de uma bolsa concedida pelo governo francês, fez curso de aperfeiçoamento em pedagogia e métodos de ensino da língua francesa e, em 1985 foi contemplada com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian para desenvolver pesquisa sobre a literatura de autoria feminina nos acervos bibliotecários portugueses. É professora aposentada da Universidade Federal do Rio Grande do Norte onde lecionou Literatura Portuguesa e Literatura Comparada no Curso de Letras e no Mestrado em Ciências da Linguagem. Em 2003, foi eleita para a Academia Feminina de Letras do Rio Grande do Norte.

OBRAS PUBLICADAS

·         Pequeno Dicionário do Português Medieval (em parceria com o Prof. Annecildo Batista de Carvalho), Natal EDUFR, 1993.

·         A poesia maneirista português. Natal: EDUFRN, 1999 (2ª. Edição, Natal: Central de Cópias-Editora, 2002).

·         O Pré-Romantismo Português. Natal: Central de Cópias-Editora, 2000.

·         A poesia pré-romântica portuguesa. Natal: Central de Cópias-Editora, 2000.

·         O lirismo pré-romântico da Viscondessa de Balsemão. Lisboa: Editora Colibri, 2001

·         O auto da barca do inferno de Gil Vicente, Natal: Central de Cópias-Editora, 2003.

·         Humor e crítica no teatro de Gil Vicente. Natal: RN-Econômico-Editora, 2005.

·         Comédias da vida privada: Gil Vicente. Natal: RN-Econômico Editora, 2005.

·         Dicionário da língua portuguesa arcaica. Natal: EDUFRN e RN-Econômico-Editora, 2005.

 

TEMA: Dicionário da língua portuguesa arcaica: uma tentativa de resgatar o idioma galaico-português.

 

A decisão de escrever um dicionário que reunisse o vocabulário galaico-português surgiu da nossa própria experiência e dificuldades em sala de aula da Universidade Federal do Rio Grande do Norte [Brasil], onde alunos e professores de literatura portuguesa viam-se confrontados com a ilegibilidade dos textos literários produzidos no período arcaico da nossa língua, sem contar com a ajuda de um dicionário que apoiasse a leitura e a compreensão dos mesmos.  Daí teve início o nosso apaixonado interesse pelas pesquisas que nos possibilitariam resgatar da dispersão grande parte do vocabulário em uso no período historicamente considerado arcaico, ou seja, o que vai do século XII até o século XVI, reunindo-o em um livro que viesse a ser um útil subsídio para a leitura dos textos produzidos nessa remota fase da nossa língua. Após dez anos de exaustivas pesquisas nos acervos bibliotecários portugueses conseguimos concluir a coleta do material que deu origem aos 14 mil verbetes que constituem o Dicionário da Língua Portuguesa Arcaica, publicado no Brasil.

 

 

 

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