temas

 XX colóquio da lusofonia -

15-18 outubro 2013 A LUSOFONIA FALA MAIS ALTO EM SEIA NA SERRA DA ESTRELA

LÍNGUA, LINGUÍSTICA E LITERATURA LUSÓFONAS

1.  Lusofonia no mundo

1.1.  Língua portuguesa como Língua de Identidade e Criação

1.2.  Linguísticas lusófonas

1.3.  Literaturas lusófonas

1.4.  Diversidades da Língua Portuguesa no tempo e no espaço

1.5.  Unidade das escritas lusófonas

1.6.  Língua Portuguesa nos Mídia e no Ciberespaço

1.7.  Língua Portuguesa como Língua de Ciência

1.8.  Língua Portuguesa nos Grandes Espaços (linguísticos, económicos, etc.)

1.9.  Língua Portuguesa: Ensino e currículos

1.10.  Política da Língua nos países de fala lusófona

1.11.  Outros temas

2.    A açorianidade

2.1.  Literatura de matriz açoriana e seus autores

2.2.  A mulher nas letras (nos Açores e no mundo)

2.3.  AÇORIANOS EM MACAU e em TIMOR - D. Arquimínio da Costa, D. Manuel Bernardo de Sousa Enes, D. João Paulino de Azevedo e Castro, D. José da Costa Nunes e D. Paulo José Tavares, (bispos açorianos em Macau), Áureo da Costa Nunes de Castro, João Paulino de Azevedo e CastroJosé Machado Lourenço, Silveira Machado

2.4.  Revisitar a Literatura de Autores estrangeiros sobre os Açores por exemplo:

· Ashe, Thomas / Haydn, Joseph (1813): History of the Azores, or Western Islands, containing an account of the Government, Laws, and Religion, the Manners, Ceremonies, and Character of the Inhabitants and demonstrating the importance of these valuable islands to the British Empire, illustrated by Maps and other Engravings, London: Printed for Sherwood, Neely, and Jones.

·  Bullar, Joseph / Henry (1841): A winter in the Azores: and a summer at the baths of the Furnas, vol. I, London: John van Voorst [vol. II com as mesmas referências bibliográficas].

·  Henriques, Borges de F.  (1867): A trip to the Azores or Western Islands, Boston: Lee and Shepard.

· Orrico, Maria  "Terra de Lídia",

· Petri, Romanai "O Baleeiro dos Montes" e "Regresso à ilha",

· Tabucchi, Antonio,  "Mulher de Porto Pim"

  Twain, Mark  (1899): The Innocents Abroad, Volume I, New York; London: Harper & Brothers Publishers. (capítulos sobre os Açores, Faial), CAP.V/VI

·  Updike, John.  “Azores”, Harper’s Magazine, March 1964, pp 11-37

2.5.  Perspetivas e projetos (editoriais e outros)

3.      Tradutologia.   Literatura lusófona, tradução de e para português

4.    Homenagem a autores

4.1.  Arquipélago da Escrita [Açores]: HOMENAGEM a Álamo de Oliveira (Autor Convidado 2013)

4.2.  Homenagem a Vergílio Ferreira (1)

(Guarda), Portugal  apoios IPG ESCOLA SUPERIOR DE HOTELARIA E TURISMO

 

(1) PENSAR PORTUGAL
________________ 

Pensar Portugal é pensá-lo no que ele é e não iludirmo-nos sobre o que ele é. Ora o que ele é é a inconsciência, um infantilismo orgânico, o repentismo, o desequilíbrio emotivo que vai da abjeção e lágrima fácil aos atos grandiosos e heroicos, a credulidade, o embasbacamento, a difícil assunção da própria liberdade e a paralela e cómoda entrega do próprio destino às mãos dos outros, o mesquinho espírito de intriga, o entendimento e valorização de tudo numa dimensão curta, a zanga fácil e a reconciliação fácil como se tudo fossem rixas de família, a tendência para fazermos sempre da nossa vida um teatro, o berro, o espalhafato, a desinibição tumultuosa, o despudor com que exibimos facilmente o que devia ficar de portas adentro, a grosseria de um novo-rico sem riqueza, o egoísmo feroz e indiscreto balanceado com o altruísmo, se houver gente a ver ou a saber, a inautenticidade visível se queremos subir além de nós, a superficialidade vistosa, a improvisação de expediente, o arrivismo, a trafulhice e o gozo e a vaidade de intrujar com a nossa «esperteza saloia», o fatalismo, a crendice milagreira, a parolice. Decerto, temos também as nossas virtudes. Mas, na sua maioria, elas têm a sua raiz nestas misérias. Pensar Portugal? Mas mais ou menos todos sabemos já o que ele é. O que importa agora é apenas «pensá-lo» — ou seja, pôr-lhe um penso...

Vergílio Ferreira, in 'Conta-Corrente 2'

 regressar